O aumento das queimadas e as condições de estiagem têm despertado um crescente interesse dos brasileiros pelo Índice de Qualidade do Ar (AQI). Este mês, os termos relacionados ao AQI registraram o maior volume de buscas no Google Trends desde 2004, início da série histórica da ferramenta.
O termo “umidificador”, um dispositivo recomendado para melhorar a qualidade do ar, e “tempo seco” também alcançaram picos de buscas, atingindo os níveis mais altos desde 2021, especialmente em setembro.
Os estados do Acre, Rondônia e São Paulo se destacam entre os que mais pesquisam sobre o AQI, coincidentemente apresentando algumas das piores condições atmosféricas deste mês.
Na cidade de São Paulo, a qualidade do ar foi tão insatisfatória que a metrópole figurou como uma das cidades com pior qualidade do ar no mundo durante cinco dias consecutivos. Porto Velho, capital de Rondônia, enfrenta diariamente problemas de poluição e dificuldade respiratória, registrando frequentemente as piores condições de qualidade do ar no Brasil.
Entre as perguntas mais frequentes sobre o índice, destacam-se dúvidas sobre o significado e o ranking do AQI. Esta sigla em inglês se refere ao Índice de Qualidade do Ar, uma metodologia desenvolvida em 1976 nos Estados Unidos, que serve como referência para a comparação das condições atmosféricas em diversos países.
Atualmente, o Brasil carece de um órgão governamental que monitorize oficialmente a qualidade do ar.
Além disso, as buscas por “queimadas no Brasil” também alcançaram o maior patamar em cinco anos. Nos EUA, no final de agosto, o aumento nos registros de focos de incêndio em várias regiões estimulou esse interesse. O foco em temas relacionados à qualidade do ar, como poluição, asma e desmatamento, também teve um crescimento significativo. A Califórnia se destacou nas buscas por “seguro residencial”, impulsionado por incêndios florestais que levaram a região a um estado de emergência.