Uma pesquisa recente indica que a maioria dos brasileiros encerrou o ano de 2023 em alta, com otimismo e expectativas positivas para 2025. Realizada pelo Ipsesp, a pesquisa Radar Febraban revelou que 70% dos participantes estão satisfeitos com sua situação pessoal. Além disso, 46% afirmaram que as circunstâncias melhoraram, enquanto 34% relataram que permaneceram estáveis. Impressionantes 80% dos entrevistados expressaram esperança e confiança em melhorias para o novo ano.
As perspectivas para o país também são animadoras, com apenas 20% da população acreditando que a situação piorará.
O otimismo é sustentado por dados concretos, como o crescimento econômico que superou as previsões, a taxa de desemprego em seu nível mais baixo e o maior salário médio desde 2017, de acordo com a Pnad-Contínua.
Embora a sabedoria popular sugira que tal otimismo favorece os governos em exercício, no Brasil a situação é diferente. Outra pesquisa, conduzida pelo Ipec no mesmo mês, revelou que a avaliação do governo Lula é dividida em três grupos iguais: “ótimo e bom”, “apenas regular” e “ruim e péssimo”.
Quando questionados sobre o desempenho do presidente Lula, 47% dos entrevistados expressaram aprovação, enquanto 46% demonstraram desaprovação. A confiança no presidente tem permanecido estável nos últimos 12 meses, após uma queda no início de seu governo. Atualmente, 52% da população manifestam desconfiança em relação ao presidente, enquanto 45% confiam nele.
Há um intenso debate sobre a desconexão entre os bons resultados econômicos e a percepção negativa do governo. No entanto, é importante ressaltar que o governo começou reformas significativas, incluindo a tributária, além de ações para conter o desmatamento e recuperar capacidades estatais que foram comprometidas por gestões anteriores.
Novas pesquisas poderão aprofundar a compreensão sobre o que realmente impacta o sentimento da população e como isso afeta a avaliação do governo. A percepção de que a falta de comunicação está impedindo que o governo aproveite o otimismo popular é uma simplificação. Para o governo federal, existe uma necessidade urgente de se alinhar com as preocupações do povo e apresentar soluções tangíveis que reflitam uma administração progressista.
Conforme apontado pelo Radar Febraban, áreas como saúde, segurança e educação são consideradas prioritárias pelos brasileiros, exigindo atenção do governo federal. A criação de políticas inovadoras que se adequem ao orçamento e proporcionem mudanças significativas para a população representa um grande desafio, e não é aceitável que haja apenas uma continuidade das ações passadas, como sugere a proposta de um “Governo da Reconstrução”.