O Drenar DF, o maior programa de captação de águas pluviais do Governo do Distrito Federal, está avançando com a supervisão de alunos das principais faculdades e universidades de engenharia e arquitetura, além de representantes da sociedade civil e funcionários de diversos órgãos públicos. Entre março de 2023 e novembro de 2024, ocorreram 43 visitas técnicas com a participação de cerca de mil pessoas.
Mais do que garantir transparência, essa iniciativa visa disseminar a técnica inovadora de construção conhecida como tunnel liner, que está sendo aplicada dentro de galerias subterrâneas acessadas por poços de visita na superfície.
Até o momento, foram criados 108 poços de visita com profundidade média de 11,32 metros; alguns chegando a impressionantes 21,3 metros – equivalente a um edifício de seis andares. A partir desses poços, a tubulação foi instalada sem causar transtornos à população.
“As visitas nos proporcionaram uma excelente oportunidade de demonstrar o método construtivo do Drenar”, disse um representante da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal. “Elas permitiram divulgar amplamente nosso trabalho a diversos segmentos da sociedade, com quase metade dos participantes sendo alunos, o que enriqueceu a experiência para eles.”
As visitas foram organizadas em duas etapas: inicialmente, os participantes se reuniram na sede da Terracap, onde houve uma apresentação do projeto. Depois, em poços de visitação ou na bacia do Drenar, puderam observar de perto as estruturas compostas por 7,7 km de túneis, que ampliarão a rede de escoamento da água na Asa Norte.
Infraestrutura
Os visitantes aprenderam sobre cada etapa da imponente obra do Drenar DF, que já está projetada para eliminar os alagamentos e enxurradas causadas pelas intensas chuvas nas primeiras quadras da Asa Norte. Este projeto duplica a capacidade de captação de águas pluviais na região, mantendo a funcionalidade do sistema existente, com um investimento de R$ 180 milhões provenientes do orçamento da Terracap, que coordena a iniciativa.
As 7,7 km de galerias subterrâneas foram planejadas para direcionar o volume de água captado por 291 novas bocas de lobo, instaladas em locais estratégicos, até uma bacia de detenção. Esta bacia, situada no Setor de Embaixadas Norte, é a etapa final do sistema, assegurando que as águas sejam direcionadas ao Lago Paranoá de forma controlada e com menor contaminação, já que resíduos, como lixo e animais mortos, permanecerão retidos no tanque.
Devido à magnitude do projeto, as obras foram segmentadas em cinco lotes. A rede de tubulação se estende a partir da Arena BRB Mané Garrincha até o Lago Paranoá, percorrendo as quadras Norte 902 (próximo ao Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando importantes vias como a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, utilizando ainda o sistema de drenagem até as quadras 4 e 5.