A campanha de Guilherme Boulos, do PSOL, pretende capitalizar sobre a indignação causada pelo laudo falso divulgado por Pablo Marçal, do PRTB, para formar uma ampla coalizão em defesa da democracia, caso ambos os candidatos avancem para o segundo turno.
Aliados de Boulos avaliam que a reação negativa à ação de Marçal, mesmo entre seus opositores, poderá moldar o segundo turno como um pleito entre democracia e caos.
Os primeiros contatos serão com Tabata Amaral, do PSB, e José Luiz Datena, do PSDB. A expectativa é também de atrair apoio de representantes de partidos do centrão, conectados ao governo Lula. Há otimismo em relação ao engajamento de políticos como Gilberto Kassab, do PSD, e Milton Leite, do União Brasil, presidente da Câmara de Vereadores.
Até mesmo dentro do MDB, que apoia o candidato Ricardo Nunes, aliados de Boulos consideram viável atrair suporte de três ministros do partido: Simone Tebet (Planejamento), Jader Filho (Cidades) e Renan Filho (Transportes).
Baleia Rossi, presidente nacional do MDB e aliado próximo de Lula, é outra figura cuja colaboração poderia ser crucial para Boulos na disputa contra Marçal.
No entanto, a adesão de Nunes é considerada improvável, assim como a de Tarcísio de Freitas, do Republicanos, ambos propensos a manter uma postura neutra.