O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, tem intensificado suas visitas a líderes europeus aliados para promover o que chamou de “plano de vitória”. Durante essas reuniões, ele fez novos pedidos de ajuda militar e discutiu o fim do veto ao uso de armamentos de longo alcance em território russo.
Entre os líderes que Zelenski encontrou estão a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o premiê britânico Keir Starmer, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, além do papa Francisco e do secretário-geral da Otan.
Este período é crucial para Kiev, especialmente com a aproximação de dois invernos: o inverno rigoroso que se seguirá aos intensos bombardeios de Moscou e a próxima eleição presidencial nos Estados Unidos, onde a possível vitória de Trump pode mudar drasticamente o cenário da guerra.
Após seu encontro com Scholz na sexta-feira (11), Zelenski anunciou a obtenção de US$ 1,5 bilhão em ajuda militar, que será fornecida por Alemanha, Bélgica, Dinamarca e Noruega até o fim de 2024. Essa assistência inclui sistemas de defesa aérea, artilharia, tanques e drones.
Os demais líderes, em suas declarações públicas, reafirmaram apenas o apoio à defesa da Ucrânia.
Em Roma, Meloni garantiu apoio contínuo da Itália “nos níveis bilateral e multilateral para que Kiev esteja na melhor posição possível para construir uma paz justa e duradoura”. Macron e Starmer expressaram sentimentos semelhantes durante seus encontros.
Havia planos para Zelenski se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Alemanha durante a cúpula da Otan, mas esse encontro foi cancelado devido à suspensão da viagem de Biden por causa do furacão Milton que atingiu a Flórida.
Nesta sexta-feira, Zelenski se reuniu com o papa Francisco por aproximadamente 30 minutos, discutindo principalmente a questão do retorno de prisioneiros de guerra ucranianos. Após a reunião, Zelenski destacou a importância da assistência da Santa Sé para ajudar na repatriação dos ucranianos capturados pela Rússia.
O contexto atual da guerra na Ucrânia apresenta desafios significativos, com Moscou avançando no leste do país e capturando pontos logísticos estratégicos. Recentemente, as tropas russas tomaram Vuhledar, uma cidade importante na região de Donetsk, que havia resistido por dois anos e meio de conflito e está localizada a cerca de 60 km ao norte de Pokrovsk, um outro centro significativo.