O Brasil continua a se destacar no cenário global de inovação, com projetos notáveis que abrangem áreas como biotecnologia e inteligência artificial. Antes de explorar algumas dessas iniciativas, é fundamental ressaltar a importância do reconhecimento do potencial inovador do país.
O Brasil é o berço de grandes inovações, como a Embraer, o parque tecnológico de Santa Rita do Sapucaí e as iniciativas em hidrogênio verde e álcool combustível. A inovação está presente, embora suas oportunidades ainda não estejam plenamente acessíveis a todos.
Um evento que merece destaque é o Sthorm Festival, programado para ocorrer no dia 24 em Piracicaba, São Paulo. Considerado uma versão brasileira do SXSW, o Sthorm Festival, embora menor, oferece uma programação diversificada e audaciosa, destacando-se por sua abordagem inovadora.
Este festival singular no Brasil integra música, biotecnologia, saúde, pesquisa espacial e ciências, celebrando sua quinta edição. As atrações musicais deste ano incluem Macy Gray e Matt Sorum, ex-baterista dos Guns N’ Roses. No ano anterior, o evento contou com Billy Idol e artistas renomados como os integrantes do Deep Purple e do Cheap Trick.
Porém, a música é apenas uma das facetas do Sthorm. O evento é repleto de palestras e workshops, unindo pesquisadores nacionais e internacionais, com foco especial em biotecnologia. O Sthorm serve como uma vitrine para um ecossistema complexo, com o objetivo de estimular pesquisas de ponta em saúde.
O fundador do festival, Pablo Lobo, foi motivado a criar o evento após enfrentar desafios de saúde em sua família. Essa experiência levou à criação da Viral Cure, uma plataforma que conecta pesquisadores e financiadores em um esforço para avançar a pesquisa em saúde. Os resultados dessa iniciativa são impactantes.
Um exemplo é a empresa Mabloc, atualmente parceira da USP, que desenvolve anticorpos monoclonais para tratar doenças infecciosas como dengue, zika, Covid-19 e febre amarela, com a meta de tornar esses tratamentos mais acessíveis.
Outra startup inovadora é a ImmunoX, focada em pesquisar macrófagos CAR, células do sistema imune que visam combater tumores sólidos, mostrando-se uma linha promissora na batalha contra o câncer.
A Biotimize também se destaca, desenvolvendo vacinas e medicamentos a partir de células vivas, com um laboratório em Piracicaba que está sendo expandido para incluir proteínas recombinantes, tornando-se um dos poucos na América do Sul a oferecer métodos para criação de medicamentos biológicos.
Nesta edição do festival, os fundadores de várias dessas empresas compartilharão suas experiências em três trilhos: ciências do planeta, ciências translacionais (voltadas à aplicação prática de pesquisa básica) e economia criativa, abordando temas como influenciadores, blockchains e inteligência artificial.
Essas discussões são de suma importância, colocando Piracicaba no mapa da inovação com ousadia e originalidade.
Já era – Considerar a biotecnologia como um tema menor em comparação à inteligência artificial é um erro.
Já é – Medicamentos inovadores, como o Ozempic, impactam o PIB da Dinamarca de maneira significativa.
Já vem – Biotecnologia representa uma vasta oportunidade para o desenvolvimento de novos medicamentos, com um grande potencial econômico.