BRASÍLIA, DF
A diminuição no número de marcas associadas à seleção brasileira e à CBF tem gerado discussões, mas a entidade não vê isso necessariamente como um problema. Atualmente, o backdrop da seleção apresenta seis empresas, incluindo Nike, Guaraná Antárctica, Vivo e Itaú, as quais fazem parte da cota mais alta, além de Cimed e TCL em um patamar inferior.
De acordo com a CBF, o objetivo é tornar o espaço publicitário mais exclusivo e valioso para as marcas, em vez de simplesmente preencher espaços.
SAÍDAS RECENTES
Recentemente, a CBF teve o término de contratos com empresas como Gol e Mastercard, além da não renovação do acordo com a Neoenergia para a seleção feminina. A aproximação da Copa do Mundo geralmente movimenta o mercado em torno da seleção.
No entanto, o primeiro ano completo da CBF sob a presidência de Ednaldo Rodrigues, em 2022, revelou que a entidade contava com 18 patrocinadores, fora os menores parceiros que contribuem com menores valores, geralmente fornecendo equipamentos. O número atual representa apenas um terço do total registrado durante a última Copa.
A CBF está focada em transformar a seleção em um produto mais premium, mesmo reconhecendo que o futebol ainda não atingiu seu auge. A estratégia sugere que, com menos marcas associadas, o valor de mercado pode aumentar, criando uma dinâmica de raridade que eleva os preços.
Em termos financeiros, sem ajuste por inflação, a CBF arrecadou R$ 567 milhões em patrocínios em 2022, caindo para R$ 527,9 milhões em 2023, com os números de 2024 aguardando divulgação em abril.
NIKE GARANTE VALOR
A grande vitória da CBF foi a renovação do contrato com a Nike até 2038, com um valor mínimo garantido de R$ 700 milhões anualmente. Isso, segundo a entidade, mitiga as perdas com a saída de outras marcas.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, confirmou que a entidade busca patrocínios que correspondam aos investimentos feitos na marca da CBF, destacando a renovação com a Nike como um marco no mundo das seleções. Ele enfatizou a necessidade de mais dinheiro no futebol, acrescentando que não deseja que o uniforme da seleção pareça excessivamente saturado com marcas.
No entanto, para aumentar o número de contratos de patrocínio antes da Copa do Mundo de 2026, a seleção precisa se classificar, com um próximo desafio agendado contra a Argentina em Buenos Aires na terça-feira.