Recentemente, uma viagem a São Paulo para visitar uma exposição dedicada ao icônico cineasta Billy Wilder levantou reflexões sobre a complexidade das intenções por trás de uma simples jornada. Ao preencher formulários em diversos pontos como o aeroporto, o táxi e o hotel, a pergunta persistia: turismo, trabalho ou lazer? A tentativa de classificar a experiência me fez questionar o verdadeiro propósito de viajar.
A visita ao Museu da Imagem e do Som (MIS) em São Paulo, para apreciar uma exposição sobre meu cineasta favorito, pode não parecer monumental. No entanto, essa trajetória reflete uma busca pessoal por conexão e significado. Anos atrás, me deparei com uma humilde placa em Viena que marcava o local onde Billy Wilder viveu durante sua juventude. A descoberta desse lugar se tornou uma peça fundamental da minha memória e identidade.
Seguir os passos de Wilder, desde Berlim, onde começou sua carreira como roteirista, até Jacarepaguá, não apenas reafirmou minha paixão pelo cinema, mas também destacou a conexão que tenho com minha profissão no audiovisual. A busca por inspiração e aprendizado que Wilder representou ecoa em muitos profissionais da área.
O ambiente que habito está repleto de referências ao trabalho de Wilder, como um pôster de “Crepúsculo dos Deuses” que decorou minha parede antes até de eu ter um sofá. A identificação com suas personagens, como a Senhorita Kubelik, demonstra o impacto emocional que suas histórias e personagens têm sobre mim. A vida imita a arte, e essas experiências me ensinaram que a vida está sempre cheia de drama e reviravoltas.
Essa viagem não foi apenas uma jornada física, mas também uma oportunidade de empacotar experiências significativas: ( ) admiração pelo cinema, ( ) alegria cinematográfica, ( ) nostalgia de Hollywood — e até mesmo uma lembrança da moda que permeia as ruas de São Paulo. Todos os dias, o espírito do cinema continua a se manifestar nas traquinagens da cidade, algo que me inspira a cada nova descoberta.