O Primeiro-Ministro do Reino Unido, Keir Starmer, enfatizou neste sábado, 15, a importância de pressionar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a aceitar um cessar-fogo na Ucrânia. Starmer organizou uma reunião virtual com 25 líderes globais para discutir medidas que garantam uma possível trégua no conflito.
O premiê reafirmou seu compromisso em apoiar a Ucrânia na luta contra a invasão russa e na busca por um cessar-fogo, que já está sendo negociado com a intervenção dos Estados Unidos. Apesar das dúvidas em relação às promessas de Putin, os líderes europeus exploram formas de proteger os cidadãos ucranianos, apesar da resistência da Rússia.
Pressão Continuada
“Concordamos em manter a pressão sobre a Rússia, garantir apoio militar à Ucrânia e continuar a restringir a economia russa, com o objetivo de desmantelar a máquina de guerra de Putin e levá-lo a negociar”, declarou Starmer.
A convocação da reunião virtual surgiu após Starmer afirmar que Putin “não leva a paz a sério”. A Ucrânia aceitou uma proposta de trégua apresentada pelos EUA, mas a Rússia insistiu na necessidade de discutir os termos do acordo, exigindo concessões da parte ucraniana.
“A ideia, em si, é correta, e certamente a apoiamos. Mas há questões que precisamos debater”, comentou Putin, cuja resposta foi vista como um possível atraso na implementação do cessar-fogo.
O encontro deste sábado contou com a presença de líderes de 25 países europeus, além de representantes da Comissão Europeia, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Ucrânia. A iniciativa do Reino Unido é formar uma coalizão que defenda uma “paz justa e duradoura”.
“Minha convicção é que, mais cedo ou mais tarde, Putin terá que negociar”, afirmou Starmer. “Se Putin não mostrar disposição para isso, precisamos intensificar a pressão sobre a Rússia para que ponha fim a esta guerra.”
Colaboração com Macron
Starmer e o presidente francês, Emmanuel Macron, lideram os esforços para garantir a segurança da Ucrânia desde que o diálogo direto de Trump com a Rússia foi iniciado no mês passado. As conversas iniciais, que ocorreram sem a participação dos ucranianos, geraram preocupação na Europa quanto à nova direção da política externa americana.
Durante a administração Trump, os EUA votaram ao lado da Rússia contra uma resolução da ONU que condenava a guerra, e o presidente americano propagou desinformação sobre o conflito, além de suspender apoio militar e compartilhamento de informações com a Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, relatou que discutiu com Macron os detalhes técnicos para a implementação do cessar-fogo. “Nossas equipes continuam a trabalhar em garantias de segurança e estarão prontas em breve”, afirmou Zelenski.
Starmer e Macron, que se comunicaram por telefone antes da reunião deste sábado, expressaram disposição para enviar tropas britânicas e francesas à Ucrânia, embora não esteja claro se outros países se juntarão e, crucialmente, se Putin aceitará tal movimento.