JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
BERLIM, ALEMANHA
Morinari Watanabe, atual presidente da Federação Internacional de Ginástica, está traçando um caminho audacioso para o futuro das Olimpíadas. Com 66 anos, ele propõe uma visão inovadora para a presidência do Comitê Olímpico Internacional (COI): a transformação dos Jogos Olímpicos em um evento transmitido ao vivo 24 horas por dia, distribuído em simultâneo por cinco cidades em cinco continentes, cada uma com dez modalidades. Segundo Watanabe, essa abordagem não apenas simplificaria a organização, mas também reduziria significativamente os custos envolvidos.
Em recente entrevista, o líder esportivo abordou sua proposta e enfatizou a importância da neutralidade olímpica, embora não tenha detalhado como pretende navegar os desafios políticos dos Jogos em Los Angeles, em 2028, um evento que ocorre sob a influência do ex-presidente Donald Trump.
Qual é o maior desafio do Movimento Olímpico atualmente?
Watanabe aponta que a grande carga financeira imposta às cidades-sede gera resistência da população. Apesar do sucesso olímpico, a participação em muitos esportes continua baixa em várias nações. Para mitigar essa pressão e aumentar a presença esportiva, ele sugere a realização dos Jogos em cinco continentes simultaneamente.
Como manter a neutralidade política dos Jogos em meio a questões delicadas, como a participação de atletas transgêneros e a exclusão de competidores de determinados países?
Watanabe é claro: o esporte deve estar à parte da política. Ele cita exemplos históricos onde os Jogos Olímpicos ajudaram a diminuir tensões, como a diplomacia do pingue-pongue da década de 70. Seu foco é promover a paz por meio da interação esportiva.
O que os fãs das Olimpíadas podem esperar de sua gestão no COI?
Segundo Watanabe, os entusiastas do evento podem aguardar uma abordagem inovadora e transformadora que promete revitalizar o espírito olímpico.