O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, declarou que não estava ciente da autorização concedida pela subprefeitura de Pinheiros para a criação da campanha publicitária “Largo da Batata Ruffles” na área pública da Avenida Brigadeiro Faria Lima, localizada na zona oeste da cidade. A iniciativa, que teria um custo de R$ 1,1 milhão para instalação e anúncios da marca pertencente à PepsiCo, não implicaria na mudança do nome oficial do largo.
No último sábado, Nunes informou que a autorização, que foi publicada no Diário Oficial do Município, foi considerada um erro. “Eu não tinha conhecimento da autorização que o subprefeito deu. Houve um erro de fluxo nesse processo. Isso deveria passar pela Secretaria Municipal de Licenciamento e Urbanismo e ser analisado por um conselho, o que não ocorreu, resultando em uma falha na emissão do documento”, esclareceu o prefeito.
A análise será conduzida pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), que avaliará os detalhes da proposta de parceria.
As declarações foram feitas durante a presença do prefeito no Autódromo de Interlagos, onde se realizavam corridas da 12ª etapa da Stock Car Pro Series. Nunes enfatizou que a comissão precisa garantir a beleza do Largo da Batata, mencionando que qualquer alteração no nome exigiria um ato formal do prefeito. “A mudança de nome é uma questão que só pode ser feita por ato de lei”, destacou.
O contrato, datado de 28 de novembro, envolvia um comodato e doação de bens e serviços, firmado entre a Prefeitura de São Paulo, a Social Service Comunicação Marketing de Responsabilidade e a PepsiCo do Brasil.
Nas redes sociais, a controversa parceria gerou reações negativas, com internautas ironizando a situação e propondo nomes fictícios como Avenida Leite Paulista e Vila Carrão Chevrolet. Outros comentários criativos surgiram, como “Avenida Brigadeiro de Leite Moça” e “Casa de Apostas Betano Verde”.
Questionado sobre a continuidade da parceria, Nunes evitou comentar sobre o tema específico, reiterando o compromisso da prefeitura em fomentar a colaboração com o setor privado em diversas áreas, mas ressaltando que nem todos os pedidos atendem ao interesse da cidade.