BRASÍLIA, DF – A Polícia Federal iniciou uma operação em Brasília nesta terça-feira (11) com o objetivo de desmantelar um grupo criminoso acusado de fraudes em licitações, especificamente em contratos de terceirização que envolvem aproximadamente R$ 18 milhões.
O foco da investigação é um contrato de R$ 9 milhões firmado em fevereiro de 2024 com uma empresa de serviços. Este contrato, que foi renovado por mais um ano pelo mesmo valor, destina-se à prestação de serviços administrativos continuados na sede da Polícia Federal e em unidades descentralizadas no Distrito Federal. Até o momento, a empresa investigada não se manifestou.
As investigações indicam que várias empresas, com ligações familiares e sociais, foram associadas para fraudes em licitações. Os envolvidos teriam utilizado declarações falsas na administração pública para garantir benefícios fiscais, criando uma vantagem indevida sobre concorrentes.
Além disso, o grupo também empregava laranjas como sócios para esconder a identidade dos proprietários reais das empresas. Integram a lista de contratos sob investigação acordos com a administração pública, incluindo um contrato de manutenção na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
A operação é resultado de um inquérito instaurado pela Polícia Federal em 9 de abril de 2024, e culminou no cumprimento de 26 mandados de busca e apreensão em várias localidades no Distrito Federal. Durante a ação, duas pessoas foram detidas por posse ilegal de armas.
A operação conta com a colaboração da Controladoria-Geral da União e da Receita Federal, que alertaram que os fatos apurados podem configurar crimes como frustração do caráter competitivo de licitação, falsidade ideológica, uso de documentos falsos, e estelionato contra a administração pública.
As autoridades estão implementando medidas para assegurar que as atividades criminosas não prejudiquem a continuidade dos serviços prestados pelos contratos investigados, buscando minimizar danos à administração pública e à população.