A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um possível caso de envenenamento envolvendo duas crianças na comunidade Primavera, em Cavalcanti. As autoridades estão examinando imagens de segurança da área na esperança de esclarecer os eventos que levaram à trágica situação.
Ythallo Raphael, de 6 anos, faleceu, enquanto um amigo de 7 anos permanece internado em estado grave. Os familiares acreditam que as crianças apresentaram sintomas após consumirem um bombom possivelmente envenenado.
A suspeita envolve uma mulher que teria oferecido o doce a Ythallo, que, por sua vez, compartilhou com seu amigo.
Embora a hipótese de envenenamento esteja em investigação, a causa da morte ainda não foi confirmada. A seguir, estão os detalhes mais recentes sobre o caso.
QUANDO AS CRIANÇAS PASSARAM MAL?
Ythallo Raphael chegou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho na segunda-feira (30) apresentando parada cardiorrespiratória. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a equipe médica realizou manobras de reanimação, mas o menino não sobreviveu.
Na mesma data, o outro menino foi levado à mesma UPA e posteriormente transferido para o Hospital Municipal Miguel Couto, mas detalhes sobre seus sintomas não foram divulgados.
Uma análise inicial no Instituto Médico Legal (IML) detectou partículas granular marrons compatíveis com veneno no estômago de Ythallo, embora os resultados finais do exame estejam pendentes.
Até a noite de sexta-feira (4), o outro menino continuava internado em estado grave, conforme informações do hospital.
QUAL A RELAÇÃO DOS DOIS MENINOS?
As famílias descobriram que Ythallo e o outro menino estudavam na mesma escola municipal, com ambos marcando presença na aula do dia em questão.
A prefeitura não liberou o nome da escola, mas informou que a desinfecção do local é realizada regularmente. A administração local esclareceu que o material utilizado não inclui chumbinho, um veneno para roedores.
COMO SURGIU A HIPÓTESE DE BOM BOM ENVENENADO?
Um primo de Ythallo, de 12 anos, relatou à polícia que uma mulher desconhecida teria oferecido o doce enquanto voltavam da escola. O primo se recusou a aceitar, mas Ythallo pegou o bombom e deu um pedaço ao amigo em troca de açaí.
O enterro de Ythallo, realizado na quarta-feira (2), foi um momento de intensa comoção na comunidade.
A tia de Ythallo expressou seu desespero, clamando por justiça. Ela questionou: “Até quando crianças de comunidade não poderão brincar em paz?”
Ainda não há informações sobre a identidade da mulher ou confirmação se o doce estava realmente envenenado.
A família de Ythallo descreveu o menino como uma criança amada pela vizinhança e sem qualquer indício de possíveis motivações para o crime.
QUAL A CAUSA DA MORTE DE YTHALLO?
A Polícia Civil aguarda resultados de exames toxicológicos para determinar a substância responsável pela morte do menino.
O QUE DIZ A POLÍCIA?
O incidente foi inicialmente registrado na 44ª DP (Inhaúma). Os agentes estão coletando depoimentos e realizando a investigação para esclarecer as circunstâncias do ocorrido, e o caso foi direcionado à Delegacia de Homicídios da Capital para uma apuração mais detalhada.
Os investigadores estão em busca de imagens de segurança e ouvindo testemunhas para iluminar os eventos que cercam essa trágica ocorrência.