Se você tem 30 anos ou menos, já parou para pensar no significado da palavra Tumblr? Se não, não se preocupe, muitos também não sabem. Lembro que, há cerca de uma década, quando me perguntaram se eu tinha uma conta no Tumblr, a reação foi de espanto. A pressão social era intensa, especialmente para quem trabalha com palavras, como eu. No entanto, consegui navegar pela era digital sem essa plataforma, e hoje o Tumblr parece uma relíquia da história da tecnologia. Para piorar, até hoje não compreendi plenamente seu significado ou pronúncia.
O mesmo teimoso comportamento se repetiu com a chegada do Blu-ray, que prometia extinguir o DVD. Enquanto muitos se apressavam em filas para ser os primeiros a comprá-lo, eu preferi a calma. Nunca comprei um Blu-ray. Após anos desfrutando de filmes em diversas mídias, como cinema, TV, VHS, LaserDisc e DVD, cheguei à conclusão de que filmes clássicos, como “O Gabinete do Dr. Caligari” e “Cantando na Chuva”, não precisavam de mais aprimoramentos. Ignorar o Blu-ray se provou a escolha certa, especialmente com o avanço do streaming, que se tornou a opção preferida de muitos.
Outra onda tecnológica que evitei por muito tempo foram os dispositivos como iPod, MP3 e MP4—que muitos ainda não entendem completamente. O celular com rádio também passou pela minha vida sem que eu percebesse suas vantagens, e hoje parece uma tecnologia obsoleta, quase tão rara quanto um orelhão.
E quem pode esquecer do Google Glass? A promessa de um computador em forma de óculos que permitiria interação, fotografia e acesso à internet não se concretizou da forma esperada. Seu fracasso foi evidente quando nem os varejistas se sentiram atraídos por ele, levando o Google a descontinuá-lo.
Esse é o grande desafio da tecnologia moderna: sua velocidade. Quando finalmente decidimos nos conectar a uma nova inovação, ela já pode não estar mais disponível.