A líder opositora María Corina Machado declarou na quinta-feira (15) que a realização de novas eleições ou a formação de um modelo de compartilhamento de poder com o chavismo não é uma alternativa viável para a coalizão opositora na Venezuela.
Em uma entrevista coletiva, Machado, que mobilizou milhares de cidadãos durante a recente campanha política, afirmou que propor novas eleições seria “uma falta de respeito com os venezuelanos”.
“Se o regime não aceita os resultados, o que devemos fazer? Convocar uma terceira ou quarta eleição? Aceitaríamos isso em nossos países?” questionou. Ela ressaltou que as eleições foram realizadas em um ambiente de tirania.
Machado também rejeitou a ideia de uma coalização proposta por algumas lideranças regionais, enfatizando que, ao contrário de situações anteriores que envolviam grupos políticos democráticos, a atual conjuntura é diferente. “Propomos incentivos, mas apenas dentro de uma transição de poder democrática”, afirmou.
Inabilitada para concorrer, ela destacou que “não há volta”. “Estamos determinados a intensificar a pressão interna com estratégia. Pela primeira vez em 25 anos de chavismo e mais de 30 eleições, temos provas concretas de nossa vitória nas urnas”, completou, referindo-se às atas eleitorais que foram divulgadas.
Machado solicitou o início de negociações para que Edmundo González assuma a presidência no Palácio de Miraflores, enfatizando que não se trata de um mero compartilhamento de poder com Maduro, mas de garantir um processo democrático. “Estamos prontos para oferecer garantias e incentivos no processo de negociação”, afirmou.
Na mesma data, o presidente Lula mencionou a possibilidade de novas eleições ou de uma coalizão como soluções para a crise na Venezuela. O presidente colombiano, por sua vez, trouxe à tona o acordo que pôs fim à ditadura em seu país como um exemplo de modelo para a Venezuela.
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