O governo de Israel intensificou suas operações no Líbano nesta segunda-feira (30), visando aliados do grupo Hezbollah, enquanto o cenário do conflito no Oriente Médio continua a se agravar.
Uma operação terrestre parece cada vez mais iminente, com ações precursoras já em andamento. O governo dos EUA confirmou a intenção de Israel de realizar uma ofensiva na região sul do Líbano, palco de operações do Hezbollah. Em entrevista, o presidente Biden afirmou estar bem informado sobre a situação e reiterou a necessidade de um cessar-fogo.
A guerra se intensificou nas últimas duas semanas, resultando na saída de 60 mil israelenses do norte do país e no assassinato de líderes do Hezbollah, como Hassan Nasrallah. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, visitou o Comando Norte, enfatizando que as forças israelenses estarão preparadas para uma nova fase do conflito, com planos já aprovados.
A divulgação de informações sobre a invasão implica não apenas em pressão, mas também em um aviso claro. Fontes indicam que Biden teria aconselhado Netanyahu a adotar uma abordagem cautelosa em relação a ações terrestres, evitando uma repetição do conflito de 2006 com o Hezbollah.
O Hezbollah, sem um novo líder fixo, afirmou estar preparado para um ataque israelense a qualquer momento, apesar de sua fragilidade militar atual. A estratégia mais provável envolve o envio de tropas em unidades pequenas, considerando os danos já causados ao Hezbollah por semanas de bombardeios.
A atenção de Netanyahu se volta também para o Irã, com uma ação mais robusta no sul servindo para reforçar o comprometimento de Israel com sua estratégia de enfrentamento a inimigos na região. Em um vídeo recente, Netanyahu incitou o povo iraniano a se rebelar contra a teocracia que, segundo ele, está levando o país à ruína.
Enquanto isso, Israel continua sua ofensiva diversificando seus alvos. Nesta segunda, as forças israelenses eliminaram Fatah Sharif Abu al-Amine, um líder do Hamas, em um ataque aéreo em um campo de refugiados em Tiro.
Com a aproximação do aniversário do início da atual escalada de violência, desencadeada por um ataque do Hamas que resultou em mais de mil mortes em Israel, o conflito se intensifica. Apesar dos esforços do governo Netanyahu para acabar com o Hamas, a organização foi reduzida a um nível insurgente, enquanto a população reside em constante preocupação com a segurança na região.
A escalada de ataques entre Israel e o Hezbollah é visível, com bombardeios alvejando áreas que não eram atacadas desde o conflito de 2006, incluindo o centro de Beirute. A morte de líderes da Frente Popular de Libertação da Palestina em um ataque recente levanta ainda mais tensões no cenário regional.
A resposta do Irã é uma expectativa crescente, uma vez que a nação atua como força motriz por trás de diversos grupos anti-Israel. Embora adote uma retórica agressiva, a resposta militar prática do Irã tem sido cautelosa, provavelmente em razão da ação militar israelense e da presença reforçada das forças dos EUA na região.
Israel também sinalizou suas capacidades de combate ao atacar o porto de Hodeidah, no Iémen, controlado por rebeldes apoiados pelo Irã, após um lançamento de mísseis em direção a Tel Aviv. A ação ressalta as capacidades de alcance do exército israelense e marca uma escalada no contexto de tensão regional.