São Paulo, 05 – O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart, anunciou que o governo brasileiro está em interlocução com representantes da indústria de proteína bovina e autoridades chinesas para buscar soluções que possibilitem a retomada das exportações de três frigoríficos recentemente suspensos pelo governo da China.
“Continuaremos em diálogo com o setor exportador e com as autoridades chinesas para resolver os questionamentos levantados e retomar as exportações dessas unidades”, afirmou Goulart, enfatizando que o Brasil mantém um forte desempenho na defesa agropecuária, o que fortalece a credibilidade do setor no mercado global.
A suspensão temporária foi comunicada ao governo brasileiro pela Administração-Geral de Aduanas da China (GACC), afetando uma unidade da JBS em Mozarlândia (Goiás), uma da Frisa em Nanuque (Minas Gerais) e outra da Bon Mart em Presidente Prudente (São Paulo).
A medida foi tomada após videoauditorias que identificaram não conformidades em relação aos requisitos de importação da China. As empresas envolvidas já foram notificadas e estão implementando as correções necessárias para atender às exigências estabelecidas.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, minimizou o impacto da decisão, ressaltando que o Brasil possui 126 plantas habilitadas para exportação à China. “Ao assumirmos, lidávamos com 12 plantas suspensas. Conseguimos reativar essas 12 e abrir mais 43, totalizando 126. Assim, não é razoável que três plantas suspensas prejudiquem nossas relações comerciais”, declarou Fávaro.
A China se destaca como o principal destino da carne bovina brasileira, com as exportações para o mercado chinês desempenhando um papel crucial para a economia nacional.
Fávaro acrescentou que os cortes destinados à exportação têm um consumo reduzido no Brasil, o que beneficia a formação de preços no mercado interno. “Exportar é vantajoso para a economia como um todo”, finalizou o ministro.