Novas informações surgem sobre o caso de envenenamento em Torres, no Rio Grande do Sul, onde a polícia confirmou a detecção de arsênio no sangue de uma das vítimas e dos dois sobreviventes que consumiram um bolo durante uma reunião de família. A Secretaria de Segurança Pública do estado informou que os exames estão em andamento e complementou que as informações sobre a presença de arsênio ainda não são oficiais.
Em comunicado, a Secretaria enfatizou que “a produção da prova científica é crucial e envolve várias análises complexas realizadas por nossos laboratórios de toxicologia e química forense”. A pasta reitera seu compromisso com a transparência e com o esclarecimento dos fatos, assegurando suporte a todas as autoridades e famílias afetadas.
A polícia, que conduz as investigações, confirmou que a informação sobre a presença de arsênio foi inicialmente reportada por seus agentes. O delegado encarregado do caso, ao ser contatado, informou que estão aguardando os laudos periciais para uma análise detalhada do material já coletado. “Assim que houver novas informações, elas serão comunicadas de imediato”, afirmou.
Na última sexta-feira, foram analisadas amostras de sangue da mulher que fez o bolo, de seu sobrinho-neto de 10 anos e de Neuza Denize Silva dos Anjos, que faleceu. Enquanto isso, a cozinheira e o garoto permanecem hospitalizados em estado clínico estável. Outros dois óbitos relacionados ao caso, de Tatiana Denize Silva dos Santos e Maida Berenice Flores da Silva, ocorreram em intervalo de poucas horas, ambos com parada cardiorrespiratória, sendo a causa de morte de Neuza registrada como choque pós-intoxicação alimentar.
A investigação aponta que a mulher responsável pela preparação do bolo foi a única que consumiu duas fatias, apresentando a maior concentração do veneno em seu sangue. As autoridades estão explorando as linhas de envenenamento e intoxicação alimentar no desenrolar do caso.