O julgamento do pedido de habeas corpus para revogar a prisão de Gusttavo Lima foi negado pelo magistrado que analisou o caso. O desembargador Ricardo Paes Barreto argumentou que o pedido não apresentava urgência suficiente para ser avaliado durante o plantão judicial.
No despacho emitido na noite de segunda-feira (23), o desembargador declarou que “o impetrante não se desincumbiu de demonstrar a impossibilidade objetiva de protocolamento do presente habeas corpus no horário normal do expediente”. Por essa razão, ele decidiu não conhecer o pedido durante o plantão.
Os advogados de Gusttavo Lima aguardam a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) sobre o caso, que está sendo investigado no âmbito da Operação Integration da Polícia Civil de Pernambuco.
Iniciada em abril de 2023, a operação investiga uma organização criminosa envolvida em atividades de jogos ilegais e lavagem de dinheiro, que teria movimentado cerca de R$ 3 bilhões entre janeiro de 2019 e maio de 2023. De acordo com a investigação, a quadrilha utilizava diversas empresas de eventos, publicidade, casas de câmbio, seguros e outras para realizar a lavagem de dinheiro através de depósitos e transações bancárias.
As casas de apostas alvos da operação incluem a Esportes da Sorte e a VaideBet, ambas em processo de solicitação de autorização junto ao Ministério da Fazenda para atuar no mercado regulado de apostas, com investimento mínimo de R$ 50 milhões.
Até o momento, 17 pessoas foram presas, mas conseguiram a liberdade após a decisão do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão do Tribunal de Justiça de Pernambuco, na noite de segunda-feira (23). Entre os beneficiados estão Deolane Bezerra, sua mãe Solange Bezerra, o CEO da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, e José André da Rocha Neto, proprietário da VaideBet, além da esposa de Rocha Neto, Aislla Rocha.