Na corrida pela Prefeitura de São Paulo, estudos recentes indicam que Guilherme Boulos (PSOL) se destaca entre os candidatos, com eleitores altamente comprometidos. Ricardo Nunes (MDB) apresenta baixa rejeição, enquanto Pablo Marçal (PRTB) demonstra um crescimento nas intenções de voto, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (3).
Os dados da pesquisa revelam que Boulos lidera com 26% das intenções de voto, beneficiado pela alta taxa de reconhecimento espontâneo de seu nome, que chega a 24%. Além disso, 61% de seus eleitores o veem como o candidato ideal, superando Nunes, que registra 44% nesse mesmo quesito.
O deputado do PSOL também lidera entre eleitores mais escolarizados (34%) e de maior poder aquisitivo (32%). Em contrapartida, Boulos possui um alto índice de eleitores comprometidos (42%), ultrapassando Nunes (14%) e Marçal (30%). Mais da metade de seus eleitores (56%) demonstra disposição para votar, um número superior ao de Nunes, que está em 34%.
Por outro lado, Nunes se beneficia de uma baixa rejeição (23%), inferior à de Boulos (38%) e Marçal (53%). O atual prefeito apresenta intenções de voto diversificadas entre diferentes grupos ideológicos, conseguindo atrair apoiadores de várias correntes políticas, incluindo bolsonaristas (36%) e petistas (30%). Ele demonstra estabilidade nas projeções de segundo turno, sendo frequentemente indicado como a segunda opção de voto pelos paulistanos.
Marçal, em ascensão, é considerado o candidato ideal por 55% de seus eleitores e registrou um aumento nas intenções de voto, saltando de 19% para 24% nas últimas duas semanas.
No entanto, desafios se apresentam para os candidatos na reta final. Apesar de Boulos ter avançado de 23% para 26% nas intenções de voto, sua rejeição permanece alta (38%), e seu apoio está fortemente concentrado (85%) entre eleitores petistas.
Nunes enfrenta a dificuldade de conquistar eleitores menos escolarizados (30%) e mais pobres (30%), que tendem a se abster. Ademais, 26% de seus apoiadores ainda podem mudar de opinião antes do pleito, em contraste com 15% para Boulos.
O índice de Nunes que o considera o candidato ideal (44%) está abaixo dos números de Boulos (61%) e Marçal (55%). Não houve um aumento na aprovação ao governo de Nunes ao longo da campanha, mantendo-se em 25%. A rejeição elevada é uma preocupação para Marçal, que registra 53%, atingindo 59% entre as mulheres, além de enfrentar críticas sobre sua atuação nos debates.