A discussão sobre a possível libertação dos irmãos Erik e Lyle Menendez, que assassinaram os pais nos Estados Unidos há 35 anos, está intensa nas redes sociais. Os Menendez, condenados à prisão perpétua, são o foco de uma nova série e um documentário, que estrearam recentemente.
O elenco está dividido em suas opiniões sobre o caso. Nicholas Chavez, que interpreta Lyle, afirma que a decisão cabe à Justiça. Em contraste, Cooper Koch, que vive Erik, defende uma reavaliação da sentença. “É hora de reconsiderar. Eles se reabilitaram, passaram por terapia e acredito que, com um novo promotor na Califórnia, eles possam ter a chance da liberdade condicional”, argumenta.
Esse debate em torno da justiça permeia a série “Monstros – Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais”. Nos nove episódios, os Menendez defendem que a motivação para o crime foi o abuso físico, emocional e sexual sofrido por parte dos pais, enquanto a acusação sustenta que o crime foi cometido para garantir uma herança milionária.
Chloë Sevigny, que dá vida à matriarca Kitty Menendez, opta por não comentar sobre a questão. Entretanto, Ari Graynor, no papel da advogada de defesa Leslie Abramson, alinha-se com a opinião de Koch, assim como Nathan Lane, que representa o jornalista Dominick Dunne, um dos mais destacados na cobertura do caso na década de 1990.
Dunne ressalta a necessidade de reconsiderar a pena, enquanto Graynor destaca a natureza desumana da prisão perpétua, que, segundo ela, é praticamente comparável à pena de morte em termos de severidade. “A cultura mudou, e nossa abordagem deve ser revista”, acrescenta.
Os Menendez já enfrentaram a opinião pública antes, com a transmissão ao vivo de sua primeira audiência, que foi anulada. Na segunda audiência, onde foram condenados, houve uma grande cobertura da imprensa, mas o julgamento não foi transmitido ao vivo. Recentemente, o advogado dos Menendez solicitou liberdade condicional, apresentando novas evidências, incluindo uma carta que Erik enviou a um primo e o depoimento de Roy Rosselló, que alegou ter sido abusado pelo pai dos irmãos.
Embora essas evidências tenham suas fraquezas, Cooper Koch, que visitou os irmãos na prisão, expressa seu apoio. “O mais significativo para mim foi olhar Erik nos olhos e mostrar que acredito nele”, revelou Koch, destacando que os irmãos têm se tornado vozes ativas na luta pelos direitos dos presidiários. Segundo ele, Erik ministra aulas de meditação, enquanto Lyle lidera iniciativas para a criação de espaços verdes nas prisões, crendo que ambientes hostis não favorecem a reabilitação.