A Universidade Raboud, na Holanda, conduziu uma pesquisa abrangente com aproximadamente 5.000 participantes em 358 tarefas cognitivas, revelando que o ato de pensar pode causar dor. Utilizando um software avançado da NASA, a pesquisa oferece resultados que vão além do que estudos convencionais poderiam alcançar. As investigações apontam que atividades como resolver problemas matemáticos, ler obras complexas ou tomar decisões críticas geram reações físicas que podem ser percebidas como desconforto.
Os resultados destacam que quanto maior o esforço mental, maior o nível de desconforto físico. Essa conclusão, embora pareça evidente, abre espaço para discussões sobre a relatividade do esforço mental — o que é desafiador para uma pessoa pode ser simples para outra. A pesquisa fez menção à variação de habilidades entre diferentes grupos, como estudantes universitários e militares, que representam extremos no espectro cognitivo.
É curioso notar que a conclusão de que “pensar dói” surgiu de uma nação conhecida por sua rica tradição de pensadores, como Erasmo de Roterdão e Spinoza. Ambos contribuíram significativamente para a filosofia, uma disciplina que depende exclusivamente do pensamento. Historicamente, não há relatos de que esses pensadores enfrentassem dores físicas significativas devido ao seu trabalho intelectual.
Além disso, a Holanda é o berço de grandes mestres da pintura como Van Gogh e Rembrandt, onde o processo criativo envolve decisões rápidas e reflexivas. No âmbito do esporte, muitos dos jogadores mais estratégicos da história do futebol são holandeses, mostrando que a capacidade de pensar de forma crítica não é sempre sinônimo de desconforto.
Adicionalmente, os holandeses também foram responsáveis por inovações tecnológicas como a fita cassete, o CD e o DVD, deixando um legado valioso. No entanto, reflexões sobre a “des-invenção” desses itens podem, de fato, causar uma certa dor ao encararmos a evolução da tecnologia.