As vendas no varejo brasileiro apresentaram uma queda inesperada de 1% em junho na comparação com maio, encerrando uma sequência de cinco meses de crescimento. Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que o recuo foi fortemente influenciado pela redução nas vendas de hiper e supermercados.
Embora as vendas tenham registrado um aumento de 4% em relação a junho do ano anterior, o resultado ficou aquém das expectativas de economistas, que previam uma baixa de 0,2% para o mês e um crescimento de 5,5% em comparação ao ano anterior. Além disso, o IBGE revisou o crescimento de maio para 0,9%, em contraste com a alta de 1,2% divulgada anteriormente.
Os setores de hiper e supermercados e produtos alimentícios, bebidas e fumo, que representam a maior parte da atividade comercial, enfrentaram uma queda de 2,1% nas vendas em junho em relação a maio. No segmento específico de super e hipermercados, a diminuição foi ainda mais acentuada, registrando 2,7%.
Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, apontou que a retração observada é um “efeito rebote”, resultante de um ajuste natural das vendas após um período de forte crescimento.
No acumulado do semestre, o volume de vendas aumentou 5,2% em comparação com o mesmo período de 2023, apresentando um crescimento de 3,6% em 12 meses. No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, peças, materiais de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve um aumento de 0,4% nas vendas em junho em relação ao mês anterior.