Os Estados Unidos expandiram as restrições de vistos para indivíduos envolvidos na exploração da mão de obra cubana por meio de “trabalho forçado”, com foco particular nos médicos que atuam no exterior, conforme anunciou o chefe da diplomacia americana. Esta decisão foi divulgada nesta terça-feira.
O governo cubano comercializa serviços em outros países por meio das chamadas “missões internacionalistas”, que incluem atividades na área médica, representando uma fonte significativa de renda para a ilha, de acordo com analistas especializados.
A crítica é de que “Cuba continua a se beneficiar do trabalho forçado de seus cidadãos”, assim expressou um representante do governo. Essa prática é vista como uma forma de enriquecimento do regime cubano, ao mesmo tempo em que retira dos cubanos em sua terra natal o acesso ao atendimento médico de que necessitam.
A nova política de restrição de vistos abrange “funcionários atuais ou anteriores do governo cubano, além de outras pessoas que estão relacionadas com este programa”. Os familiares diretos dos sancionados também são impactados por essas medidas.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, em resposta, acusou os Estados Unidos de priorizar “interesses pessoais” sobre questões geopolíticas mais amplas.
O governo dos EUA inclui Cuba em sua lista de tráfico de pessoas devido ao envio anual de dezenas de milhares de trabalhadores ao exterior, englobando não apenas profissionais de saúde, mas também professores, artistas e outros profissionais. Um relatório recente destaca que, ao menos até julho de 2024, esse sistema é amplamente criticado internacionalmente.
Os cubanos que abandonam o programa sem completá-lo são rotulados como “desertores” e impedidos de retornar ao país por um período de oito anos. Aqueles que não voltam dentro de 24 meses são considerados emigrantes, resultando na perda de direitos, conforme o relatório americano.