Em uma entrevista na noite de segunda-feira, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou que seus eleitores não precisariam votar novamente se optassem por seu nome nas próximas eleições presidenciais, agendadas para novembro.
Trump manteve-se firme em sua posição, desconsiderando diversos pedidos para esclarecer a declaração polêmica.
Durante um evento realizado por conservadores cristãos na sexta-feira, Trump enfatizou a importância da participação no voto para garantir que, em quatro anos, não precisariam repetir o processo. “Vamos consertar tudo tão bem que vocês não precisarão votar,” afirmou.
Em entrevista à jornalista Laura Ingraham, Trump foi questionado sobre sua afirmação, que a oposição usou como argumento de que ele buscaria uma abordagem autoritária em relação às eleições.
Neste contexto, Ingraham destacou que os democratas interpretavam suas palavras como uma ameaça ao futuro das eleições. Contudo, Trump rejeitou o pedido de retratação, reafirmando suas declarações em relação à base cristã que, segundo ele, não costuma comparecer às urnas.
“Eu disse ‘Vote em mim, e vocês não vão precisar fazer isso nunca mais’. É verdade. Temos que conseguir o voto deles. Os cristãos, por norma, não votam em massa,” explicou. “Estava conversando com eles: ‘Desta vez, votem. Vou consertar o país, e vocês não precisarão mais votar.’ “
Ingraham, por sua vez, reiterou que os opositores estão vendo suas palavras como uma implicação de que não haveria futuras eleições após 2024.
Apesar de algumas considerações, Trump reafirmou sua mensagem ao público, assegurando que, após a votação em 5 de novembro, não precisariam mais se preocupar com o processo eleitoral. “Vamos consertar o país e, sinceramente, se vocês não quiserem mais votar, tudo bem,” concluiu.
A preservação da democracia tem sido um tema central na campanha de reeleição do presidente Joe Biden e na de sua vice-presidente, Kamala Harris, além das campanhas de outros candidatos democratas.
Ingraham questionou Trump em tom humorístico sobre sua disposição de deixar o cargo após quatro anos, ao que ele respondeu: “Claro. Aliás, eu deixei da última vez,” em referência à sua saída da Presidência em 2021, após a tentativa fracassada de reverter os resultados eleitorais e a invasão do Capitólio por seus apoiadores.